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A padronização no modo de torcer

Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert
Torcedores durante jogo do Brasil na Arena Corinthians

O torcedor latino-americano é um dos torcedores mais apaixonados da história do futebol. O modo como se torce por aqui é muito diferente do modo europeu, criando uma identidade única do futebol praticado na América Latina. Os gestos, a paixão que se carrega no peito, o choro, o sofrimento e as músicas transformam a atmosfera dos estádios em verdadeiros caldeirões pulsantes, mas, com a chegada das arenas 'padrões FIFA', principalmente no Brasil, é notável a padronização no novo modo de torcer e também, no novo tipo de frequentador dos estádios.

A cultura latino-americana, sobretudo a brasileira, tende a valorizar tudo aquilo que vem de outros países, assim desvalorizando o que é produzido por aqui. E no esporte, o cenário não é muito diferente. Com a popularização do futebol europeu nos países latino-americanos, a padronização seguindo os moldes do Velho Continente foi ficando cada vez mais fácil, tornando-se um esporte elitizado. 

No país do futebol, esse fato passou a ser percebido principalmente depois da Copa do Mundo de 2014, quando surgiram diversas consequências. Jogadores foram supervalorizados, os ingressos passaram a custar caro, assim selecionando torcedores e excluindo aqueles que possuem menor poderio econômico. 


A busca por melhoria do futebol latino-americano deve ser constante, mas é necessário preservar a essência da torcida, antes que a matem e transformem os verdadeiros torcedores em espectadores de um grande show.  

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