Frederico Guedes: entre amor e ódio
Foto: Reprodução/Twitter Oficial
Fred comemorando gol pelo Atlético Mineiro na temporada de 2016. |
Dizem
que amor e ódio andam lado a lado, Fred no Atlético Mineiro é a maior prova
disso. Revelado no América Mineiro e ídolo no maior rival, Fred era o último
jogador esperado pela torcida na Cidade do Galo. Ele preenchia todos os
requisitos para ser um desafeto dos atleticanos. Foi ídolo no Cruzeiro,
provocou a torcida, de todas as formas, naquele Atlético x Fluminense em 2012, e
teve uma atuação pífia na Copa do Mundo de 2014. Naquela época, se perguntado,
dificilmente algum torcedor do Atlético gostaria de ver o camisa 9 no seu
time.
Considerando
todos os pontos citados pode-se concluir que a antipatia dos alvinegros pelo
centro-avante faz parte de algo muito comum ao futebol, a rivalidade. Não se
pode negar que Fred sempre foi um dos grandes artilheiros do país. Em 2012, foi
campeão brasileiro pelo Fluminense, conquistando a artilharia do campeonato com
18 gols marcados. Além disso, naquele mesmo ano, Fred ganhou o Prêmio Craque do
Brasileirão como melhor jogador e melhor atacante da competição.
Foto: Tânia Rego/ABr
Fred com o troféu de campeão da Copa das Confederações em 2013. |
A
história de Fred com a amarelinha também merece ser lembrada. Convocado inúmeras
vezes de 2005 a 2014, o atacante marcou 18 gols em 36 jogos pela seleção.
Campeão da Copa América de 2007 e da Copa das Confederações de 2013, Fred teve
seu pior momento após a Copa do Mundo de 2014. Carregou nas costas uma culpa
que não era unicamente dele, uma responsabilidade que merecia ser dividida com
todos que disputaram o mundial daquele ano pela seleção brasileira.
Dois anos se passaram e Fred, que vivia um momento conturbado no Fluminense, foi
oferecido ao Atlético. A rejeição inicial foi imensa, mas ele chegou e mostrou
a que veio, revelando o porquê de ser idolatrado por onde passou e também, o motivo de ser considerado um dos melhores camisa 9 do Brasil. Hoje, Fred é artilheiro do
Campeonato Mineiro com 10 gols em 10 jogos, vice-artilheiro da Copa
Libertadores com 5 gols em 2 jogos e se tornou unanimidade entre a torcida atleticana, o ódio virou amor.
A
rivalidade existe e é essencial ao futebol, mas no dia 8 de Junho de 2016, a
torcida do Atlético Mineiro mostrou que tudo que aconteceu antes daquele dia
entre Fred e a torcida não importavam mais. Alexandre Kalil já disse e eu
repito, vestiu a camisa do Atlético, todos os seus pecados serão perdoados.
Esse texto é uma autoria de Clara Passos, colaboradora do Camisa Vinte e Um.
Esse texto é uma autoria de Clara Passos, colaboradora do Camisa Vinte e Um.
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