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Treinadores x imprensa: do 7x1 ao desabafo de Eduardo Baptista, o que mudou?

Desde o fatídico oito de julho de 2014, quando a seleção brasileira protagonizou um vexame sem precedentes, o maior de sua história, a imprensa nacional selecionou vilões dentro e fora de campo, contudo, as maiores cobranças e críticas sobraram para os nossos treinadores (como de costume!) que foram taxados em sua maioria esmagadora como ultrapassados.

 Foto: reprodução/Globoesporte.com
Felipão tampa o rosto após derrota por 7x1 para a Alemanha na Copa do Mundo.

Nos últimos três anos nos acostumamos a ver jornalistas cobrando dos treinadores um maior conhecimento e principalmente um entendimento maior sobre o jogo. Futebol não é apenas esquema tático, parte física, raça, vontade, fala-se muito em modelo de jogo, termos do futebol moderno se tornaram comuns nas falas dos treinadores como: jogo apoiado, preenchimento de espaço,linhas de marcação, ideia de jogo e execução, mas e você comentarista esportivo entende o que são esses conceitos? Saberia explica-los num programa de forma que o telespectador possa entender?

Muitos dos jornalistas que participam dos programas cobram evolução dos técnicos, mas eles mesmos não dominam estes conceitos, é muito mais fácil ficar discutindo qual jogador será titular, "analisarem" os dois times e formar um time com os 11 melhores, percebe que estamos falando de análises individuais? Pois é, sinal claro de que temos apenas discussões vazias, em pleno 2017 não conseguimos enxergar o óbvio, futebol é COLETIVO. Aliás, podemos ir mais a fundo já que algumas emissoras optam por fazer programas deste tipo, a Band, por exemplo, exibe diariamente o "Jogo Aberto" que se restringem as gozações, brincadeiras e ''análises de polêmicas'' do jogo em si não se comenta.

Por outro lado temos uma renovação nos nomes dos treinadores que comandam os grandes clubes brasileiros, podemos citar: Carrile, Roger Machado, Zé Ricardo, o próprio Eduardo Baptista, Zago, Fernando Diniz e o nome de maior destaque até então Jair Ventura. Contudo, não adianta haver uma mudança nos nomes, na postura e na filosofia dos treinadores se as discussões dentro dos programas esportivos não evoluem. 

Foto: Reprodução/Globoesporte.com
Eduardo Baptista falando com a imprensa após vitória do Palmeiras no jogo contra o Peñarol.
Por fim, dentro do cenário nacional o que ainda vemos é um conflito diário entre imprensa e técnicos, basta um clube ter duas, três derrotas e os comandantes dos grandes clubes já estão pressionados, os técnicos rebatem fazendo suas pirraças, como por exemplo, fechando treinos que na maioria das vezes não tem resultado nenhum, outros são mais ríspidos nas respostas em coletivas. Ou seja, deve haver um profissionalismo e uma mudança cultural dos dois lados.

Esse texto é uma autoria de Rodolfo Simões, colaborador do Camisa Vinte e Um.

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